Imagine rodar jogos, bancos de dados e diversos aplicativos de cloud-computing em milhares – talvez até milhões – de computadores ao mesmo tempo, através da internet. Essa é a carga que servidores encaram diariamente. Para entender, basta pensar na quantidade de buscas, acessos a email, utilização de documentos e visualizações de vídeo ocorrendo simultaneamente nos serviços Google.
Manter a performance de todos os processos, evitando lentidões – respeitando limites de banda de cada usuário – e falhas de carregamento, exige uma quantidade enorme de memória e processadores suficientes para executar todos os comandos.
Graças às tecnologias de múltiplos núcleos, threading e clusters, o processamento de um servidor tem diversas alternativas para funcionar. Já a memória RAM disponível para um servidor funciona do mesmo modo – ainda que em patamares de desempenho mais elevados – que a do seu computador.
Memória RAM:
Pentes de memória são constituídos por diversos dies de silício, como você descobriu neste artigo. O agrupamento de dies em chips e sua consequente montagem em um módulo DRAM são os fatores que determinam a capacidade de cada pente de memória.
Enquanto os pentes atualmente utilizados – em ambientes de alta performance - são montados a partir de chips de 2 GB, com máximo de 16 GB por pente, o novo produto da Samsung oferece o dobro disso – 32 GB – no mesmo espaço físico, graças à diminuição de tamanho, que passou de 50 para 40 nanômetros.
No servidor:
Atualmente, uma estrutura de servidores conta – por máquina – com até 192 GB de memória RAM, utilizando conjuntos, ou pentes de memória, DRAM (dynamic random access memory - memória dinâmica de acesso aleatório) de 16 GB baseados em tecnologia de 40 nm.
O novo módulo de 32 GB em 40 nm da Samsung promete, dependendo do sistema, manter a mesma capacidade – 192 GB – reduzindo até 40% do consumo energético, graças à redução de 12 para 6 módulos de memória por servidor de mão dupla. O acréscimo de velocidade dessa configuração vai dos 800 megabit por segundo (Mbps) dos servidores atuais – com pentes de 16 GB – até 1066 Mbps para o mesmo equipamento utilizando os novos pentes.
Para sistemas de quatro vias, ainda mais exigentes, é comum utilizar até 1 TB de memória RAM usando os pentes de 16 GB. Com a nova tecnologia, esse limite é expandido até 2 TB sem acréscimo considerável no consumo energético, possibilitando o desenvolvimento de aplicações ainda mais complexas e softwares mais poderosos sem perder desempenho.
Futuro próximo:
Ainda vai demorar algum tempo para um pente de memória com 32 GB de capacidade chegar ao consumidor final, já que não existe – ainda – requerimentos para tamanho poder.
Como a maioria dos computadores usa de 2 a 4 GB, enquanto equipamentos de alta performance contam até 8 - ou 16 - GB de RAM, utilizar um chip desses em um computador doméstico seria desperdiçar um componente em processos menores. Mas ainda chegará o dia em que 32 GB de RAM serão padrão de máquinas básicas, ou ainda de computadores já defasados com o seu cenário tecnológico.
Fonte: Baixaki